Descupinização
Controle de Xilófagos: Cupim de Madeira Seca e Cupim de Solo.
- Descupinização com tratamento do madeiramento fixo – Compreende o tratamento de portas, batentes, guarnições, janelas, rodapés armários embutidos, gabinetes de banheiro e cozinha, lambris, madeiramento de telhado e outros que façam parte da estrutura. Aplicação de calda cupinicida à base de isoparafina (veículo) juntamente com cupinicida, através de perfuração e injeção ou pulverização ou pincelamento.
- Descupinização com tratamento do Solo – Compreende em Barreira Química junto as paredes e estruturas (todo perímetro) para impedir a passagem dos cupins para dentro do imóvel. São utilizados equipamentos com alta capacidade de perfuração, para executar furos com 30 cm. de profundidade e aproximadamente 50 cm. entre furos. A partir deste furos, são injetados calda cupinicida com volume aproximado de 5 litros por metro linear, para formar a barreira e impedir o acesso dos cupins ás estruturas da edificação.
- Descupinização com tratamento de jardins e arvores – Compreende em infiltrações diretamente no solo com equipamento específico (Trado) com jatos dispersos, facilitando a penetração da calda cupinicida cobrindo assim grandes áreas.
- Descupinização com tratamento de rede elétrica e telefonia – Compreende em insuflação com pó químico nos quadros de distribuição, conduítes de energia, telefonia e antena, impedindo a movimentação dos cupins nestas áreas.
Biologia
Descupinização de CUPINS DE MADEIRA SECA
O cupim de madeira seca economicamente mais importante no Brasil é o Cryptotermes brevis. Existem 8 espécies do gênero Cryptotermes no continente americano.
O Cryptotermes brevis, chamado popularmente de cupim de madeira seca, é um cupim que encontra-se normalmente restrito à peça atacada, não tendo capacidade de passar de uma madeira infestada para outra a não ser que efetivamente exista um ponto de contato entre ambas as madeiras. Neste caso, a colônia pode se estender e infestar todo o madeiramento em contato.
O tamanho da colônia é proporcional ao tamanho da peça atacada, uma vez que encontra-se restrito a ela. Por este motivo, os cupins de madeira seca normalmente apresentam colônias pequenas, com cerca de 300 indivíduos a alguns milhares. Uma colônia de cupim de madeira seca pode chegar a ter 3000 indivíduos após 15 anos.
O pequeno tamanho da colônia é, entretanto, compensado pelo grande número de colônias que podem ser encontradas em uma determinada estrutura, podendo haver centenas de colônias convivendo no mesmo ambiente. Por estarem protegidos de predadores durante a revoada (que podem ocorrer dentro da própria estrutura), não dependerem de contato com o solo e sobreviverem em madeiras com pouca umidade, muitos alados podem sobreviver por ocasião da revoada e formar novas colônias.
Descupinização de CUPINS SUBTERRÂNEOS (Coptotermes havilandi)
São assim denominados pelo fato de constituírem colônias freqüentemente abaixo da superfície do solo, porém é comum fazerem seus ninhos em lajes, caixões perdidos, juntas de dilatação, dentro de redes hidráulicas e condutores elétricos, sem nenhum contato com o solo. A ligação entre a colônia e a fonte de alimento (celulose) pode ser feita por meio de túneis em vários componentes como pisos, paredes, cordões de gesso, mesmo que o ninho esteja localizado a dezenas de metros da área construída.
Esta espécie ataca principalmente o madeiramento em contato com a massa construída das edificações (fundações, estruturas, alvenaria, lajes, coberturas etc.), ou seja, elementos de acabamento como guarnições, rodapés e tacos, batentes de porta, armários embutidos, fundos de quadros de força, caixas de papelão estocadas, etc. São possíveis ataques em materiais não celulósicos, que são eliminados sem serem digeridos.